AO ROTARY, NO SEU ANIVERSÁRIO – 59 ANOS.

Estamos iniciando o mês de abril. Para Rotary, abril tem um significado bem especial, foi neste mês, no dia 19, que em Racine, Wisconsin nascia Paul Percy Harris. Aquele que na noite de 23 de fevereiro de 1905, juntamente com Silvester Schiele (comerciante de carvão), Gustavus Loehr (engenheiro de minas) e Harry Ruggles (gráfico) fundaram o primeiro clube de Rotary, que tinha como mote principal “que os diferentes membros ao compartilharem um objetivo comum, a amizade, pudessem ter a oportunidade para servir, encorajando a tolerância política e religiosa; além de fomentar a paz entre os povos.

Para nós, seguindo o exemplo e a liderança de Paul Harris, o mês de abril é, também, de suma importância porque, há 59 (cincoenta e nove) anos, no dia 08 de abril de 1.952, nos salões do Restaurante Sans Souci, na esquina da Rua São José com a Avenida Santo Amaro, e com a presença de 270 convidados, foi solenemente declarado fundado o Rotary Club de São Paulo – Santo Amaro, do então Distrito 461.

Mas, talvez para fazer um contraponto a alegria da fundação, o reconhecimento oficial do clube, com a entrega da sua Carta de Admissão ao RI, só ocorreu 7 (sete) meses após, ou seja, a 8 de novembro de 1952, em virtude da queda do avião que trazia o referido certificado, na floresta amazônica. Mas, o que importa verdadeiramente é que, naquele dia 8 de abril, inicio da primavera, nascia de fato e de direito o Rotary Club de Santo Amaro, com a aposição na lapela de cada um dos 19 (dezenove) fundadores, o distintivo de rotarianos.

Nenhum deles, infelizmente, se encontra mais entre nós, por estarem gozando da vida eterna, ao lado do Senhor, e o reconhecimento de todos nós pela obra que iniciaram e que nos legaram para o bem de toda a humanidade.

Cabe aqui, e agora, relembrar trecho das palavras então proferidas pelo saudoso Wasmondes de Macedo, que foi um de nossos governadores, quanto ao que se esperava do clube então fundado:

“É bem de ver, disse ele, que a criação do Rotary Club de Santo Amaro é cousa útil para a coletividade santamarense onde certamente sua influência e seus benefícios se farão sentir, mais intensa e profundamente”... “a nós cabe levar adiante o ideal de servir indistintamente a toda a humanidade, mais particularmente a (este) sagrado território pátrio que nos abriga”.

Ao relembrar os fundadores, não poderíamos deixar de nos referir a Carlos Sgarbi, eminente santamarense, empreendedor vibrante a quem tive a satisfação de conhecer e admirar, e, a partir dele, a sua viúva, Norma, e seu filho Walter, que se tornaram nossas vigas mestras na sustentação do ideal rotário legado por aquele ente querido de todos nós. A eles, Norma e Walter, como fogo fátuo que se desprende da lembrança do fundador, a iluminar nosso caminho na senda do servir, e na pessoa dele a todos os fundadores, peço uma vibrante saudação rotária.

Pois bem, 59 (cincoenta e nove) anos nos separam, no tempo. A eternidade nos mantém, entretanto, juntos para a realização da obra divina de elevação da condição humana e da paz universal. Somos 24 companheiros, empenhados na satisfação do bem comum e do próximo, numa estreita compreensão do ser coletivo, do Ser Rotariano.

Com eles fizemos um clube vigoroso, que através dos tempos, por seus lideres natos, construiu essa sua história de extrema competência, sobrepujando todas as intempéries ao longo dos anos, proporcionando-nos um dos mais valiosos bens que o Rotary em geral e todos nós em particular poderíamos receber: a marca indelével do Ideal de Servir, Dando de Si, Antes de Pensar em Si.

Para o futuro, temos uma fé inabalável e renovada no potencial de novos sócios, aliada a vontade e a experiência dos antigos. E ela já se faz sentir através da ação desinteressada e socialmente comprometida daqueles admitidos nesse último ano: Cleyton Heuberger, Evely Borges da Silveira e Telma de Carvalho Craid. Além, é claro, de tantos outros quantos venham a somar conosco em nossa empreitada, dando-nos a alegria do companheirismo e a satisfação do Ideal de Servir comunitário.

E, sobretudo, com a cumplicidade e apoio de nossos cônjuges e filhos, construtores dessa grande e feliz Família Rotária, e de todos que nos animam a prosseguir e possam ser nossos companheiros amanhã.

Para encerrar, quero renovar o meu cântico de amor ao Rotary e de esperança em nosso futuro:

“A solidão da cidade grande, o estar só na multidão é que nos obriga a parar e a olhar para o próximo. É em Rotary que temos a oportunidade de olhar para o companheiro, ouvi-lo, falar e ser ouvido. É em Rotary que podemos agir e fazer o bem, sem precisar saber a quem. É em Rotary que nos sentimos felizes.”

Parabéns Rotary Clube de São Paulo – Santo Amaro. Obrigado por nos fazer instrumento de Deus no Servir.